Relógio

Programa incentiva futuros professores de sociologia


Uma equipe de 16 estudantes do curso de licenciatura em ciências sociais da Universidade Federal de Viçosa (UFV) atua, desde março de 2010, em duas escolas públicas daquele município da Zona da Mata mineira. A participação deles está ajudando professores não formados na área a consolidar a disciplina de sociologia na educação básica, já que as escolas de Viçosa não contam com professores de sociologia formados em ciências sociais. Sua atuação ocorre nos três anos do ensino médio das escolas estaduais Effie Rolfs e Raimundo Alves Torres (Esedrat), sob a coordenação do professor Diogo Tourino de Sousa, da UFV.
A estudante Mariana de Lima Campos, integrante do 6º semestre de ciências sociais, conta que o programa tem incentivado os alunos do curso a optarem pela licenciatura, associando pesquisa e ensino na construção de novas técnicas de abordagem da disciplina, bem como no desenvolvimento e elaboração de material didático. “Antes do programa, era quase consensual nos cursos universitários que os “bons alunos” fossem direcionados para o bacharelado, com a finalidade de atuarem em pesquisas, trilhando um caminho futuro na pós-graduação, sendo que aos demais, considerados “maus alunos”, restava a docência”, analisa Mariana.
Ela explica que uma das metas do programa é a busca por novas estratégias de abordagem da sociologia em sala de aula, fugindo da tradicional aula expositiva. Segundo ela, a equipe tem liberdade para pensar, discutir, criar, oferecer propostas aos professores supervisores dos dois colégios, bem como de aplicar inovações na prática de ensino. A percepção geral do grupo sobre o andamento das aulas apontou a necessidade do uso de outras metodologias de ensino, com o objetivo de envolver um maior número de estudantes. “Foi assim que pensamos na elaboração de um jogo de tabuleiro”, relata a universitária.
Originalmente pensado como uma forma de reverter a apatia de alguns alunos durante as aulas de revisão do bimestre, o jogo foi confeccionado de maneira artesanal numa cartolina, tendo como ponto de partida o “mundo antigo”, representado graficamente por um castelo medieval, e como ponto de chegada o “mundo moderno”, representado por uma grande cidade. Antes de cada jogada, os participantes organizados em duplas ou trios, deveriam lançar o dado. Assim iam avançando, passando por casas e etapas representando as conquistas, problemas e desafios do mundo moderno, como as invenções científicas, a transformação das relações, os impactos ambientais, a favelização, entre outros. No percurso existiam casas com perguntas sobre os autores discutidos nas aulas de sociologia e, caso os alunos acertassem as respostas, teriam direito a jogar o dado novamente.
Como os resultados foram muito positivos, com um grande envolvimento dos alunos, a equipe do programa resolveu ampliar a experiência, elaborando outros jogos para serem adotados em outras turmas do projeto. “De forma geral, os estudantes conseguiram esclarecer o conteúdo ministrado no bimestre de maneira lúdica, sem sentir a aula como monótona”, diz Mariana.
Ela salienta que, no início do programa, os bolsistas não tiveram uma boa impressão, nem do modo como os alunos recebiam as aulas de sociologia, nem do modo como a disciplina era trabalhada nas escolas. “Parecia que a disciplina não tinha uma abordagem científica”, avalia. Em sua opinião, os estudantes e os professores de outras disciplinas tendiam a ver a sociologia como o espaço do “achismo”, lugar da opinião sem ciência.
“Logo constatamos que se tratava de uma etapa da própria consolidação”, destaca Mariana. “Percebemos que o trabalho da equipe começou a surtir efeito, despertando a atenção dos alunos, seu envolvimento, sua familiaridade com os bolsistas”, adianta a futura professora. E isso, no seu entender, mostra como o ensino de sociologia tem um futuro promissor, a partir do momento em que universidades, escolas, estudantes e professores forem capazes de construir redes de troca de experiências e materiais didáticos. “Uma de nossas tentativas nesse processo tem sido a manutenção de um blog da licenciatura em sociologia na UFV, canal onde relatamos o trabalho desenvolvido.
Os universitários são bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC). 

(Fátima Schenini)

Conteúdo Disponível em : http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=1777 acessado ás 20h:36min no dia 25 de Julho de 2011.
[ Read More ]

Posted by Dayane Wellys Braga 0 comentários»

Atividade 2.11 - Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC's


Após navegar pelo site da Wikipédia percebi que ele modifica diariamente, toda a pesquisa que foi feita na wiki para a elaboração dessa atividade obteve sucesso. Os verbetes estão bem definidos e organizados contendo conteúdos excelentes e de fácil compreensão. Essa enciclopédia é de fácil acesso, onde nos possibilita ter cadastros para postar conteúdos elaborados por nos mesmo. A partir desse conhecimento que obtive sobre a Wikipédia no decorrer dessas atividades vou poder colaborar acrescentando conteúdos de meu interesse.


[ Read More ]

Posted by Dayane Wellys Braga 0 comentários»

Atividade 2.10 - Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC's




A Wikipédia é uma famosa enciclopédia on-line que agrega conteúdo enciclopédico escrito de modo colaborativo, sendo de livre acesso para pesquisas e edições, assim possibilitando a interação dos colaboradores, também é possível aperfeiçoar os conteúdos, corrigir gramáticas ou até mesmo as formatações.
Esse site tem um menu de discussão, onde é possível expressar opiniões sobre determinado assunto ou discuti-los com outras colaboradores como se fosse um fórum.
A Wikipédia conta com um recurso para proteger esse site, chamado de cadeado, que é a proteção de algumas páginas pelos administradores do site, assim possibilita que esses administradores controlem e vigiem conteúdos polêmicos
[ Read More ]

Posted by Dayane Wellys Braga 0 comentários»

Novas tecnologias exigem novos conteúdos

Novas tecnologias exigem novos conteúdos

 

O mercado editorial e as empresas de sistemas de ensino começam a se preparar para uma nova realidade: a do livro didático digital. Com dispositivos como laptops, e-books e iPads, um novo cenário se apresenta para a educação. E também novos desafios. “Novas tecnologias requerem novos conteúdos”, diz Ana Teresa Ralston, diretora da tecnologia de educação e formação de professores da Abril Educação - grupo que reúne editoras e sistemas de ensino e é controlado pela família Civita, que também é dona da editora Abril, que publica VEJA. Convidada a falar sobre o tema em um painel especial da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se encerra neste domingo, a especialista, diz que ainda é preciso investir tempo e recursos para criar um livro didático 100% digital e multimídia. Confirma a seguir os principais trechos da entrevista.
O futuro do livro é incerto, mas o processo de digitalização já começou, com os e-books, iPads e outros dispositivos. Em relação às obras didáticas, o que é possível constatar?
É possível dizer que temos uma revolução escondida. Uma revolução que já começou, mas que escapa à nossa observação porque acontece no processo de produção do livro didático. Ao produzi-lo, já utilizamos todos os artefatos tecnológicos disponíveis. Porém, o que se analisa agora é quando isso estará presente na versão final do livro, ou seja, quando ele será completamente multimídia e virtual. Muitos estudiosos apontam que a educação levará mais tempo do que outras áreas para incorporar todas essas inovações.
Qual a razão dessa demora?

No meio educacional, as tecnologias demoraram mais a serem incorporadas, em virtude das mudanças que elas imprimem nos padrões, na formação dos educadores, na produção do material de apoio e na infraestrutura das escolas. Novas tecnologias requerem novos conteúdos, e, para isso, é preciso profissionais capacitados, preparados para produzir esse novos conteúdos. Além disso, o professor que irá usar essas ferramentas também precisa ser formado para a essa tarefa.
Então, o que ocorre nesse processo não é a simples digitalização do conteúdo impresso, mas, sim, a criação de novos conteúdos.  

É importante lembrar que, quando falamos desse processo, abordamos três elementos distintos: o livro didático impresso, o livro didático impresso digitalizado - e isso já fazemos - e o livro 100% virtual. Nesse último, o que ocorre não é a simples transferência do impresso para o digital. É uma outra comunicação, que acontece em outra mídias. E acho que esse é o grande desafio: a maneira como organizamos os conteúdos na mídia impressa é diferente da maneira como o fazemos na mídia digital.
Esse novo tipo de conteúdo, mais familiar aos alunos que já utilizam as tecnologias fora da sala de aula, pode alimentar o interesse dos estudantes pelo que se ensina nas escolas?

Quando trabalhamos com soluções digitais, procuramos entrar em sintonia com a linguagem do aluno. Mas essas soluções precisam ser utilizadas com orientação pedagógica para que sejam significativas. Caso contrário, viram só distração.
Como evitar que o livro didático digital seja uma armadilha? 

Eu costumo dizer que o meio digital evidencia uma aula mal dada. Às vezes, temos uma aula que não foi a ideal, mas não há registros dela. Já com a tecnologia digital tudo fica registrado. Então, é preciso usá-la para enfatizar boas práticas, para ilustrar situações que não seriam possíveis de outra forma. A tecnologia é um recurso poderoso, viável e possível e não deve ser usado como enfeite. Para isso, é importante pensar quais recursos são relevantes para esse novo ambiente. Caso contrário, retira-se essa relação afetiva que temos com o papel e com a leitura sem adicionar nenhum ganho.
Quais podem ser os ganhos da adoção da tecnologia na educação? 

São as possibilidades de interação, de animação, de ilustração, de relacionar os conteúdos e fazer pesquisas. Em disciplinas como química, física e biologia, por exemplo, é possível simular situações. O professor pode ainda trabalhar infográficos de tempos históricos e evoluções geológicas. Pode trabalhar com pesquisas imediatas dos assuntos que estão sendo trabalhados naquele momento. É possível estimular o aluno para a possibilidade de troca, de colaboração, de construção do conteúdo em conjunto. Esse tipo de habilidade e competência é uma demanda do mercado de trabalho. E se o aluno começar a vivenciar isso no mundo da escola, ele vai poder ter essa habilidade como algo natural no mundo do trabalho.
Quais as dificuldades envolvidas na criação de um livro didático multimídia? 

Precisamos conceber um produto diferente, não apenas digitalizar o que já existe. Além disso, precisamos viabilizar o acesso a todas as escolas brasileiras, nos mais remotos lugares. Aí, temos o desafio da entrega – e também da produção. Hoje, apenas começamos a trabalhar com alguns componentes agregados, ou seja, a pensar conteúdos de forma integrada.
As empresas de sistemas de ensino já estão se preparando para essa nova realidade?

Já. A digitalização de livros e apostilas já existe. O que começamos a fazer agora é desenvolver o material integrado: o meio impresso e o meio digital. O esforço é na produção de conteúdos virtuais, cada vez mais relevantes, integrados e efetivos. Ainda não pensamos em um produto 100% digital porque pensamos antes no material impresso, e depois partimos para o virtual. Acredito que pensar a totalidade do produto no ambiente virtual seja o nosso próximo passo.
Alguns especialistas pregam o fim do livro tal como nós o conhecemos, enquanto outros defendem que, apesar dos avanços tecnológicos, ele jamais deixará de existir. Quais são suas previsões? 

Acho que ainda é cedo para previsões. Contudo, é hora de pensar nas evoluções da integração das mídias e se preparar para elas. Particularmente, não acredito que teremos uma mídia só. Aposto em uma segmentação. Nós pensaremos sobre qual a melhor forma de transmitir cada conteúdo. Ainda temos gerações que possuem uma relação muito próxima com o livro e alguns conteúdos seguirão sendo consumidos na mídia impressa. O que talvez tenha mudado é que hoje avaliamos o conteúdo antes de consumi-lo. Então, baixamos um livro no Kindle, por exemplo, e, se gostamos da leitura, compramos a versão impressa.

Reportagem Disponível emhttp://veja.abril.com.br/noticia/educacao/novas-tecnologias-exigem-novos-conteudos  acessado em 02/07/2011 ás 09h:03min

 

[ Read More ]

Posted by Dayane Wellys Braga 0 comentários»